sexta-feira, 9 de outubro de 2015

CRÓNICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM

                                                Legislativas 2015

Sexta, 09 Outubro 2015
Sobre as eleições do passado domingo haverá pouco a dizer.
Elas reflectem o esperado. A coligação venceu as eleições, elegendo 104 deputados (estando ainda por eleger 4, respeitantes aos círculos eleitorais da Europa e fora da Europa).
Foi uma vitória conseguida num contexto difícil, muito difícil, em que os cidadãos eleitores souberam premiar as forças politicas que tiveram a força e a determinação para iniciar a recuperação económica do país, permitindo que hoje os portugueses estejam mais confiantes e acreditem na economia do país, condição essencial para que se verifique crescimento económico.
Ultrapassamos uma etapa, apenas e só uma etapa.
Para quem foi acompanhando estas eleições não terá tido qualquer surpresa. A Coligação vinha crescendo.
Os resultados percentuais atingidos quer pela Coligação, quer pelo PS estão em linha com a média das últimas 33 sondagens efectuadas.
A Coligação obteve 38,4% dos votos, a média das sondagens atribuíam-lhe 38,9%
O PS obteve 32,4% dos votos, a média das sondagens atribuíam-lhe 33,7%.
Agora, passado que está o período eleitoral, importará definir a governação.
E aqui chegados também certamente não iremos ter nenhuma surpresa. Ou teremos?
O eleitorado saberá certamente penalizar aqueles que não contribuírem para uma governação com estabilidade.
Ao ganhar as eleições caberá à Coligação governar de acordo com as condições impostas pelos votos.
Bem sabemos que estas eleições vieram alterar a relação de forças existente.
Paulo Portas, na noite das eleições, soube bem interpretar a vontade dos portugueses ao dizer que os “Portugueses não perdoariam que a sua vontade fosse desrespeitada”.
Como já tivemos oportunidade de constatar o futuro governo estará, necessariamente, obrigado ao cumprimento das regras do Tratado Orçamental e a colocar o deficit abaixo dos 3%. Pese embora o que os partidos prometeram em campanha a realidade será outra. Há que cumprir com o que foi assumido pelo país.
Os gregos do Syriza também prometeram mundos e fundos e estão neste momento a implementar políticas de austeridade, tão ou mais duras do que foram implementadas em Portugal. Não há como fugir à realidade.
Em breve saberemos a solução governativa que iremos ter para Portugal. Que ela seja credível, que permita a necessária estabilidade governativa e que seja uma solução de compromisso, que permita que o futuro governo seja o mais durável possível, embora não esteja crente que a solução dure a legislatura. Se assim fosse seria a surpresa das surpresas.
Até para a semana
Rui Mendes

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