quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM


                              A Igreja das Mercês estará à mercê

Quarta, 19 Novembro 2014 09:40
Ainda no âmbito das vistas partidárias levadas a cabo pela concelhia de Évora do Partido Social Democrata, na passada sexta-feira desloquei-me à Igreja das Mercês para poder inteirar-me dos danos de que foi alvo durante o decurso das obras que deram lugar ao hotel contíguo. Para quem desconhece, esta igreja fica na rua do Raimundo.
Na verdade, pude constatar que a referida igreja aparenta várias rachas em várias paredes do seu interior e, até, para um leigo em matéria respeitante à engenharia civil, as rachas e fendas existentes nas paredes da Igreja das Mercês, podem e/ou significam algo de muito preocupante se não houver uma intervenção de fundo que evite o avolumar dos danos existentes.
Não é minha intenção fazer aqui um juízo de culpabilidade no que concerne aos responsáveis pelos danos existentes na estrutura da respectiva igreja, para isso existem as entidades administrativas e judiciais. Porém, como cidadão eborense tenho a obrigação e o dever cívico de chamar à atenção para aquilo que está a suceder com a degradação de um património secular e que é da pertença de todos. A igreja das Mercês está classificada como património da humanidade.
Por outro lado, aparentemente, as medidas que foram adoptadas para que os danos existentes não se avolumem, para um homem médio, nem muito entendido, nem destituído de sentido de observação, confrontado com a amplitude dos danos existentes, aparentemente, são inadequadas por serem demasiado paliativas. Por exemplo, não existe um escoramento das paredes. Mas, repito, não sou técnico e devemos presumir que as entidades responsáveis estão a realizar um trabalho adequado e proporcional à natureza e à gravidade das coisas.
Pese embora a presunção de que tudo está a ser feito para que a igreja das Mercês não venha a desmoronar-se e que a segurança dos cidadãos que todos os dias atravessam a rua do Raimundo, quer a pé, quer de automóvel, não está em causa, deixo aqui uma pergunta final; porque é que Câmara não coloca outro tipo de protecção pedonal, que impossibilite o acesso ao passeio que confina com a igreja e suprime os estacionamentos que se situam em frente.
José Policarpo

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